quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Opnião pessoal sobre o "Caso Eloá".

A imprensa teve um papel fundamental no caso “Eloá”, como ela mesma denominou a tragédia anunciada e acontecida no estado de São Paulo.
Foi fundamental em mostrar ao seqüestrador, ao vivo, todos os passos da negociação, suas repercussões na sociedade e na própria família das vítimas. Tornou Lindemberg um herói pra si mesmo, como ele mesmo se intitulou, “o cara”, o “dono do pedaço”, uma espécie de mutante da vida real.
Não bastassem as câmeras apontadas para o apartamento durante 24 horas por dia, alguns “artistas” ainda tiveram a audácia de falar com o seqüestrador ao vivo, inclusive apresentadores de programas de fofocas e sapientíssimos pastores evangélicos, com sua enorme preocupação com os “problema$” dos fiéis.
Um profundo conhecedor da alma humana, apresentador careca de um programa, falava de Lindemberg como se falasse de seu filho, dizendo em alto e bom som que ele estava momentaneamente perturbado, mas que era trabalhador, honesto, motivo pelo qual não seria necessário o uso da força policial. Depois do desfecho, foi um dos primeiros a criticar a ação da polícia e dizer que a melhor solução seria matar Lindemberg, que a partir de então era um monstro, um perigo para a sociedade.
Em entrevista com a mãe de Eloá, o mesmo descabelado insistiu em faze-la atacar a atuação da polícia, mesmo quando ela falava que os policiais sofreram junto com ela, passaram fome e ficaram na chuva.
Não pretendo defender a ação da polícia no caso em questão, somente afirmo que, se a polícia errou, foi por tentar acertar de acordo com convicções idiotas, defendidas por “especialistas” em segurança pública, que nada mais são que pessoas que se auto-intitulam experts e dizem coisas como: “pistola automática” ou “a polícia militar vai investigar”, sempre em forma de comentários às reportagens jornalísticas.
O Brasil confundiu “liberdade de imprensa” com ‘liberdade da imprensa”.
Jornalistas dão a notícia e comentam-nas segundo suas próprias crendices e convicções, sem respaldo legal ou moral, contudo, não são responsabilizados pelos seus devaneios ou desvarios.
Devemos deixar a hipocrisia de lado, principalmente a difundida por boa parte da imprensa e pelos pseudo-defensores dos direitos humanos, sobretudo por que a maioria deles defendem os direitos humanos dos bandidos, em detrimento da população de bem que sofre as ações cada vez mais ousadas e horripilantes dessa escória da sociedade.
Pensei em visitar o Rio de Janeiro nas próximas férias, mas cheguei à conclusão de que o Rio de Janeiro pertence aos traficantes, assaltantes, ladrões, artistas, jornalistas e especialistas.
Enquanto escrevia estas palavras sem sentido ou correção ortográfica, ouvi o repórter Willian Waack dizer, no jornal da Globo: _A guerra não para, a polícia invade favela no Rio e quatro pessoas são mortas...

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